Editorial RXT

 





Continuar ou Desistir?




Carlos A. S. Santos*

No final do ano passado convivi durante dias com uma grande dúvida: continuar ou desistir? Em função dos resultados operacionais negativos em todo o ano de 2015 e das previsões sombrias para a economia brasileira para 2016, meus sócios haviam optado por desistir do negócio. De fato, a previsão era de uma economia tecnicamente estagnada, com especialistas prevendo, para meados de 2016, o dólar a R$ 4,50.

Com várias falências acontecendo, o desânimo no trade era geral. Eu também quase desisti, mas mudei de idéia a tempo. Afinal de contas, desistir seria enterrar toda a minha experiência profissional: cinco anos em Recursos Humanos, 13 anos como aeroviário, trabalhando no serviço de passageiros para aquela que foi a maior companhia aérea do mundo, a Pan American World Airways, e quase 30 anos de administração financeira na Rextur Turismo.

Pensei com os meus botões: já enfrentei coisa pior e venci. Então, por que não tentar novamente? Nos 30 anos de Rextur Turismo, mesmo enfrentando quebras de bancos, Plano Cruzado I e II, Plano Bresser, Plano Collor com confisco de poupança e contas correntes, inflação anual recorde de 1.782% em 1989, tablitas, URV, etc., consegui colaborar para o crescimento da empresa.

Concluí, então, que eu não tinha o direito de desistir. Do alto dos meus 66 anos de idade, jovial e disposto, gozando de boa saúde, jogar para o arquivo morto todos os meus conhecimentos adquiridos em 50 anos de labuta seria um ato, se não covarde, no mínimo comodista. Voltei a arregaçar as mangas. Capitalizei a empresa para fugir de riscos cambiais, adequei o custo fixo à realidade do momento, investi em treinamento para todo o staff (com valioso suporte da ABAV) e também em mim. Aprimorei técnicas comerciais e de marketing e, para a minha satisfação, o nome "RXT" voltou a ser pronunciado no mercado. Tem mais: voltei a crescer!


"Em tempo de crise econômica, não existe mercado para quem prefere reclamar"


O saldo da decisão em continuar permite a seguinte síntese: em tempos de crise econômica, não existe mercado para quem prefere reclamar das "OTAs". Ou insiste na ilusão de trabalhar pouco e ganhar muito. Crise se enfrenta com coragem para inovar e se reinventar, sem perder o foco. Bora, gente! Vamos arregaçar as mangas e trabalhar duro, com otimismo!



2016-11-08



Carlos Alberto S. Santos
Diretor Geral da RXT Travel
50 anos atuando em Turismo





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